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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

QUANDO TERMINA A JUVENTUDE?

Em nossa sociedade, existe uma obsessão presente, acerca da resistência em envelhecer. O que é "ser jovem?". Quando termina a juventude? Perguntas essas simples de responder e ao mesmo tempo "polêmicas", que vai em contraponto a atual "ditadura da juventude". O medo ou resistência em envelhecer pode estar diretamente relacionado ao medo da morte, já que faz parte do desenvolvimento o processo de finitude. 
"Juventude... são as pessoas que estão entre os 13 e 24 anos de idade, inclusivo." — Assembleia Geral das Nações Unidas
"Período na vida de uma pessoa entre a infância e a maioridade. Segundo o Banco Mundial, o termo juventude geralmente refere aqueles que estão entre as idades de 13 a 24 anos." — Banco Mundial.
"Pessoas entre os 20 e 25 anos de idade." — Governo de Tasmânia.
Uma coisa é fato, muitos idosos se consideram jovens, muitos adultos de 30, 40 anos também se classificam como jovens. Mas o que determina a juventude não é a opinião de cada um, mas a norma biológica evidenciando que "sob pelo menos um aspecto a morte começa aos 27 anos. Quem descobriu foi o pesquisador Timothy Salthouse, da Universidade da Virgínia, nos EUA. Em 2009, ele divulgou os resultados de um estudo que mediu as habilidades cognitivas de 2 000 pessoas. Segundo Salthouse, o cérebro humano atinge o auge aos 22 anos, fica estável até os 27 e, a partir daí, começa a declinar. Aos 30 anos, diz o pesquisador, várias funções do cérebro já estão bem mais fracas. Isso acontece porque, do ponto de vista evolutivo, ao virar "trintão" você já deveria ter se reproduzido e completado seu ciclo de vida. Lembre-se, por exemplo, de que os homens das cavernas não viviam muito mais do que 30 anos - e que, pelo menos anatomicamente, nosso cérebro é igual ao deles.
Mas não precisa entrar em pânico caso você já tenha passado dos 27. Esse mesmo estudo liderado por Timothy Salthouse revelou também que algumas habilidades, como a verbal, continuam se desenvolvendo até os 60 anos de idade. É que a gente não para de aprender só porque chegou perto dos 30. Para tudo aquilo que exige conhecimento cumulativo, seguimos ampliando nossa capacidade. "Temos plasticidade cerebral", diz a neurologista Célia Roesler, da Academia Brasileira de Neurologia. "Nossos neurônios têm ramificações chamadas dendritos. Quando o cérebro é estimulado, formam-se novos dendritos - ou seja, novas redes de neurônios. Isso nos permite ativar áreas do cérebro que antes eram menos usadas.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Karolinska, na Suécia, demonstra que algo tão simples quanto atividade física pode aumentar a memória operacional e ampliar a capacidade intelectual de um indivíduo em até 8%. Já na Universidade da Califórnia, biólogos conseguiram aumentar as aptidões cognitivas de cachorros apenas mudando a dieta dos animais para uma mais rica em antioxidantes. Ou seja: ainda que o cérebro embique ladeira abaixo a partir dos 27 anos, tudo leva a crer que podemos retardar bastante esse processo.
E tem mais: a ciência ainda não decifrou todos os enigmas do processo de envelhecimento, mas tem cada vez mais controle sobre ele. Alguns cientistas afirmam até que, em 50 anos, nem vai haver mais definição para expectativa de vida, de tanto que as pessoas passarão a viver. Portanto, pode até ser que a morte comece aos 27. Em compensação, ela está demorando cada vez mais para chegar" como destaca a revista superinteressante. 
Na "ditadura da juventude", o que manda é a aparência, assim, muitos idosos procuram cirurgias plasticas, e não somente idosos, mas, cada vez mais, aumenta a porcentagem de pessoas procurando manter uma aparência juvenil. 
Será que realmente envelhecer é ruim? 
Não necessariamente, como muitos sabem, no Japão o respeito aos idosos é tradicionalmente popular, pois são considerados "velhos sábios". Uma coisa é fato, a preocupação com o envelhecimento gera uma ansiedade desnecessária, se você não é idoso, vai se tornar, então é importante que a criança seja criança, que o adolescente seja adolescente, que o jovem ATÉ OS 24, seja jovem, que os adultos sejam adultos, que os idosos sejam idosos, desta forma, com os pés fixos na própria realidade e sem chorar o leite derramado (uma juventude ou infância que já passou), todos possam viver saudavelmente sem conflitos psicológicos com essa perspectiva desenvolvimentista. 
Caso você tenha conflito em entender o processo de envelhecimento, ou sobre o processo de finitude, saiba que sempre poderá contar com a contribuição dos psicólogos, que estão aptos a trabalhar com essa demanda. 

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