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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Desejo Irresistível de Morte- Tanatofilia



É comum atualmente se encontrar em diversos graus um desejo mascarado, ou manifesto pela morte em sujeitos neuróticos, perversos ou psicóticos. Como também, em pacientes afetados pelo câncer, pelo Lúpus Eritematoso ou outras enfermidades incuráveis ou degenerativas.

Freud (1920) em seu trabalho “Além do princípio do prazer”, afirma que os pensamentos bons, com predomínio erótico são expressões da pulsão de vida, enquanto os pensamentos agressivos e destrutivos seriam polarizações da pulsão de morte.

Na tanatofilia, a violência auto agressiva aparece em condutas como o suicídio, em sua modalidade aguda, isto é, a auto eliminação instantânea da vida, ou crônica, por meio de mutilação ou acidentes que tem como resultado, a perda da vida, ou de uma parte do corpo ou ainda mutilação dele.

No suicídio esta conduta auto eliminatória (de fuga) exerce uma atração irresistível com idealização extrema e assim incondicional.

Para M. Klein, uma tentativa inconsciente de suicídio pode significar para o Ego “destruir os pais maus internos”.

Na tanatofilia se exterioriza em suas modalidades extremas- suicídio, homicídio. Todo crime emana de uma personalidade narcísica, ou seja, voltada para si própria, dominada por intensos mecanismos projetivos.
Segundo M. Klein o alvo primordial na Tanatofilia humana é a organização genital. A tanatofilia- atração compulsiva pela morte- Encontra sua inscrição na ordem dos simbolismos e do pensamento degenerativo. A energia das tendências autodestrutivas se produz tanto nas enfermidades orgânicas como nas psíquicas.

O Ego se vê obrigado a dirigir o impulso agressivo contra a própria organização genital.
Entende-se organização genital a capacidade de procriar e de amar, a capacidade de proporcionar ao sujeito, seu mais intenso prazer vital, o orgasmo, por meio da união genital com o objeto, constitui a auto- identidade sexual.

Encontra-se também a cultura do culto a morte em religiões e tribos urbanas, como é o caso da cultura gótica, nela o desejo pela morte se encontra em um nível saudável onde a energia gerada neste desejo é canalizada para situações construtivas como a arquitetura, os poemas e estilo, quando não agride o corpo, que através de sua característica introspectiva não causa diretamente desejo agudo ou crônico, embora o desejo permaneça.


Um sujeito com tendência aguda ou crônica a tanatofilia, demonstra vários sinais que marcarão o “clímax” da doença, como a auto aniquilação, esses sinais devem ser entendidos como pedido inconsciente de ajuda, e quando ninguém ouve pedido o sujeito pode se auto aniquilar, como pode-se observar nos relatos do livro Testemunhas de um adeus, composto por recados de pessoas que sofriam de Tanatofilia aguda e crônica chegando ao suicídio póstumo.

2 comentários:

  1. eu sou tanatofílica, e passei por vários psiquiatras em todo país em 10 anos e somente agora, um único psiquiatra me diagnosticou. Até então, nunca soube disso e nem os psiquiatras

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  2. Nossa que legal que poderá ser tratada do modo correto, saiba que a psicoterapia é uma ferramenta muito importante também, pois além de contribuir com nosso auto-conhecimento ainda nos ajuda a enfrentar patologias complexas como esta, saiba que vc já esta em mais de 80% do caminho andado, agora falta pouco, vc vai conseguir :)

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