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sábado, 31 de março de 2018

QUALIDADE DO SONO VARIA CONFORME ETNIA


   Uma pesquisa feita pela National Sleep Foundation, nos Estados Unidos, mostra, pela primeira vez, que os hábitos de sono dos americanos variam conforme sua origem étnica. Participaram do estudo cerca de mil pessoas, que foram divididas em quatro grupos: afrodescendentes, asiáticos, latino-americanos e caucasianos. 
     As queixas de insônia são maiores entre caucasianos (20%) e menores entre os asiáticos (9%). Os maiores índices de apneia do sono foram encontrados entre descendentes de negros.     
    Estes últimos e os latino-americanos e afrodescendentes são os que mais assistem televisão, uma hora antes de dormir (75% e 72%, respectivamente). Os asiáticos são os que menos perdem o sono por preocupações financeiras (9%) e os que mais usam a internet pouco antes de ir para a cama (51%). 
     A prática de sexo todos os dias antes de dormir é mais comum entre latino-americanos e afrodescendentes (10% em cada grupo). 
     Rezar diariamente antes de se deitar é frequente entre os afrodescendentes (71%), seguidos dos latino-americanos (45%). 
     Segundo os autores do estudo, os resultados devem orientar os médicos a identificar distúrbios de sono nessas populações, bem como a entender suas possíveis causas psicossociais. 

Por Luciana Christante (RMC)

TAMANHO DO CÉREBRO REVELA HIERARQUIA ENTRE AS ABELHAS


     As abelhas-operárias da espécie Megalopta genalis, nativas do Panamá, têm cérebro maior que as rainhas. Essa é a conclusão de cientistas do Smithsonian Tropical Research Istitute, nos Estados Unidos. 
     Eles observaram que o cérebro das abelhas-operárias, responsáveis por obter alimento, são mais volumosos que o das abelhas solitárias da mesma espécie, conhecidas como abelhas-rainhas, cuja principal função é reprodutiva. 
     O manho maior cérebro das operárias se deve a uma área mais ampla associada a funções cognitivas, como memória e aprendizagem, relatam os autores na revista Proceedings of the Royal Society. 
     Segundo eles, os resultados corroboram a "hipótese do cérebro social", na qual o desafio das interações em sociedade levou ao incremento anatômico de regiões especializadas em funções cognitivas.

Por Luciana Chistante (RMC)

sexta-feira, 30 de março de 2018

CIENTISTAS ANALISAM O PROCESSO QUE LEVA UMA CRIANÇA A APRENDER A LÍNGUA MATERNA


     A pediatra Ghislaine Dehaene-Lambertz, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França, demonstrou, há alguns anos, que bebês de 3 meses já reconhecem frases simples e reagem a elas. Mesmo sem maturidade para a fala, regiões cerebrais semelhantes às dos adultos para o processamento da linguagem são ativadas nessas situações. A conclusão da pesquisadora reforça o que parece, a princípio, comprovar algo que muitos estudiosos defendem: o cérebro de crianças bem pequenas já estaria programado para o futuro desenvolvimento da linguagem. Podemos pensar, portanto, que não basta compreender a forma como um bebê age para aprender processos complexos como a aquisição da fala, é preciso considerar outros aspectos. 
     Chomsky, professor de linguística desde 1961 do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), incluiu o estudo da linguagem na área da psicologia. Chomsky e colegas elaboraram mais tarde uma teoria que explicava essa questão do sujeito na frase: tanto a criança alemã quanto a brasileira já "saberiam" desde o nascimento que existe algo como a posição do sujeito. Haveria, então, uma espécie de "chave neural comutadora" movida para a posição "sujeito-necessário" ou "sujeito-possível". Para ele esse dispositivo era inato.
     Para Chomsky as crianças têm um "órgão da linguagem", de forma que com ele as crianças aprendem a língua materna depressa; segundo suas suposições, o processo de direcionar um mecanismo preexistente para um ou outro lado ocorreria rapidamente. 
     O psicólogo Michael Tomasello, porém, defende uma visão completamente diferente. Diretor do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária em Leipzig e codiretor do Centro de Pesquisa de Primatas em Gottinger, ambos na Alemanha, ele estuda homens e macacos. Com base na comparação entre as diferentes espéciesTomasello desenvolveu uma teoria sobre a aquisição da linguagem pelos humanos que parte de princípios bastante diversos dos de Chomsky. Em vez de pesquisar na mente a competência linguística inata que nos diferencia de todos os outros seres, ele estuda o uso da língua- sua performance, tão negligenciada por Chomsky. Segundo Tomasello, o que nos distingue dos animais nesse quesito é nossa capacidade de nos colocar no lugar do outro e compreender intenções e sentimentos alheios. Desse modo, nos relacionamos de forma comunicativa: "lemos" a mente do outro e interpretamos seus desejos, segundo Tomasello.
          Já para pesquisadores americanos da área de psicolinguística, como Jeny Saffran e Peter Jusczyk, o que conta é o aprendizado estatístico da língua. Segundo eles, de início o que o bebê escuta são apenas sons encadeados; o primeiro passo em direção à linguagem é isolá-los em palavras e depois lhes conferir sentidos.            
   Atualmente estão em curso vários experimentos científicos para investigar a aquisição da linguagem cujo objetivo é verificar a predisposição de bebês para reconhecer a voz materna. Para isso, a criança é exposta a gravações de vozes em várias línguas. 
    Dentro das grandes abordagens da aprendizagem, é bem conhecido o teórico Piaget, Vigotsky, Ausbel, Skinner, entre outros, cada um com suas interpretações específicas. 
     Para Psicólogo e Especialista em distúrbios da Aprendizagem, Michel dos Santos Silva, que atua com a perspectiva analítico-comportamental, é preciso ter cautela em defender a tese de que existem fatores inatos em relação a aprendizagem. "Uma coisa é desenvolvimento da linguagem e outra é considerar o cérebro como portador de codificações 'rígidas', o que não é um fato. A tese do inatismo é derrubada quando desconsidera a importância do ambiente para a aquisição da linguagem. 
      Ninguém aprende nenhuma língua se não estiver inserido em um contexto específico. Não precisa ser grande conhecedor das abordagem, que tratam da aprendizagem, para se dar conta que é mais fácil aprender uma determinada língua, estando em contado direto com pessoas que falam esta língua. 
      Atualmente não existem provas de fatores inatos acerca da aprendizagem, mas certamente o ambiente, (considerando como ambiente todo repertório de contato do indivíduo, e aqui entra a cultura), tem influencia direta na aprendizagem, diz Skinner 'nós modificamos o mundo e somos modificados por ele', ou seja existe influência mútua tanto do sujeito como do ambiente na aquisição do comportamento, sendo ele aqui, verbal. 
     Quando as meninas Amala e Kamala, foram encontradas vivendo entre lobos, não tinham desenvolvido a linguagem humana, mas desenvolveram uma espécie de comunicação com os lobos aos quais conviviam, ao serem encontradas e inseridas no convívio com humanos, nenhuma das duas sobreviveu e somente conseguiram aprender poucas palavras. Aqui cabe a pergunta. Se elas não conviveram com a espécie humana, como poderiam desenvolver a linguagem humana?"        
     Corroborando o especialista, Tomasello o cerne está no conteúdo simbólico. Os homens se comunicam na medida em que trocam sinais significativos. Assim também surgiu a gramática na história da evolução- e não o contrário. Como se explica então que, durante a aquisição da língua, as crianças primeiro façam esse desvio por uma "não gramática"? Isso só se explica se não partirmos do pressuposto das regras inatas, diz Michael Tomasello, mas se considerarmos o sentido cultural da língua: a comunicação. 

quarta-feira, 28 de março de 2018

A GENÉTICA PODE EXPLICAR A AGRESSIVIDADE?

     De acordo com a revista "super interessante" os neurologistas, geneticistas e psicólogos trabalham duro atrás de uma explicação. Entender o comportamento humano não é fácil. E quando se trata de mau comportamento, pior ainda. Em setembro de 1995 a Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, sediou a conferência sobre Pesquisas em genética e Comportamento Criminoso. O encontro virou o centro de uma grande polêmica. Ativistas dos direitos humanos reclamaram que esse tipo de estudo desvia a atenção das causas sociais do problema e corre o risco de ajudar a corroborar políticas racistas. 
     Pode ser. Mas não dá para ignorar as pesquisas. Em 1993, a análise do DNA de integrantes de uma família holandesa na qual se registravam vários casos de conduta violenta levou à conclusão de que um defeito genético era o responsável pelos acessos. 
     Em 1848, uma barra de ferro perfurou o cérebro de Phineas Gage, em Vermont, EUA. O rapaz, de 25 anos, não morreu mas tornou-se agressivo. Agora, 148 anos depois, a neurologista Hanna Damásio, da Universidade de Iowa, acredita ter encontrado no caso mais um indício sobre a origem do comportamento violento. Ela simulou em computador o trajeto da barra e descobriu que ele passou pelo lobo frontal, atingindo justamente a região que vem sendo apontada como o centro moral do cérebro. Como consequência, Gage teria perdido a capacidade de unir racionalidade e emoção. Por isso ficou violento.
     Os estudos do psicólogo Herman Witkin com 4139 recrutas do Exército da Dinamarca, em 1976, já iam pelo mesmo caminho. Witkin achou doze soldados com a formação cromossômica XYY, relativamente rara, e comprovou que 41,7% deles tinham cometido crimes no passado. Entre os demais, o índice de criminalidade era de 9%. 
     "Acredito que seja na interação entre essas tendências genéticas e as influências do ambiente que está a explicação para a agressividade", pondera Oswaldo Frota-Pessoa, do Departamento de Biologia da Universidade de São Paulo (USP). O diretor de Neuropsiquiatria da Universidade de Masachusetts, Craig Ferri, concorda. "O comportamento é 100% hereditário e 100% ambiental", ironiza. Essas teses têm animado os advogados, que andam atormentando os cientistas em busca de argumentos para livrar seus clientes. Por enquanto, sem sucesso.
O médico italiano Cesare Lombroso (1835-1909, foto ao lado) não era geneticista, mas foi o primeiro a falar de hereditariedade do comportamento violento. Ele inventou a Antropometria, segundo a qual quanto maior a semelhança com um símio, mais próxima dele (e, portanto, da bestialidade) encontrava-se a pessoa. Hoje a teoria é considerada caduca e até risível, mas foi centro de debates científicos no século passado. Muitos pareceres jurídicos se embasaram nela. Precavido, Lombroso se protegeu das acusações de racismo estimando em 40% os criminosos que obedeciam à compulsão herdada. Os outros, dizia, agiam movidos por paixão, perda de controle ou motivos justificáveis. Segundo sua tese, além dos traços simiescos, os criminosos de nascença tendiam a ser ambidestros, ter insensibilidade à dor, dificuldade para enrudescer, tato embotado, visão aguda e gosto por tatuagens. 
Um outro caso conhecido é de uma mulher que chegou ao Hospital Universitário de Nijmegen, na Holanda, e desviou o rosário: um irmão tentou estuprar a irmã, outro atropelou o chefe, dois eram piromaníacos e um forçava primas a se despir, ameaçando-as com um garfo. Além disso, um estudo genealógico identificara mais nove homens violentos em gerações anteriores. Isso foi em 1978. Dez anos mais tarde ela voltou e sua história interessou o geneticista Han Brunner. Ele analisou o DNA de mais de uma dezena de integrantes da família e, em 1993, concluiu: a violência estava relacionada a um defeito genético no cromossomo X. "Isso não quer dizer que encontramos o gene da violência", ameniza Brunner. "Mas é um elemento a mais para se levar em conta."

AS IMPRESSÕES DIGITAIS TÊM ALGUMA FUNÇÃO NO CORPO HUMANO?

    A impressão digital é o "carimbo" que os dedos deixam em uma superfície.
    As pequenas saliências da pele são chamadas de cristas papilares. São úteis porque funcionam como antiderrapante. "Se a palma e as pontas dos dedos fossem totalmente lisas, sem saliências e sulcos, os objetos escorregariam da mão com muito mais facilidade", explica o médico-legal Daniel Romero Munõz, do Instituto Oscar Freire da Universidade de São Paulo na revista super interessante. 
      As marcas da planta e dos dedos dos pés têm a mesma função: aumentar a aderência ao chão. E, como as impressões digitais, também são usadas para identificação. 
      Nas maternidades, o carimbo do pé do bebê ainda é a primeira forma de registro de identidade.

COMO SÃO FEITOS OS TESTES DE DNA PARA DETERMINAR A PATERNIDADE?

   O primeiro passo é retirar 10 milímetros de sangue do filho, da mãe e do suposto pai. Desse sangue, separam-se os glóbulos brancos, portadores do DNA. Eles são imergidos em um detergente que rompe a membrana da célula e também a do seu núcleo. O material é então separado para ser estudado. 
     O DNA é formado por vários bloquinhos chamados nucleotídeos. Os geneticistas examinam um tipo de nucleotídeos e verificam quantas vezes ele se repete, na sequência, em um mesmo pedaço do DNA. Como os DNAs vivem em pares, os bloquinhos podem se repetir um número x de vezes em um e y no outro. O filho herda com certeza um dos DNAs da mãe. O outro deve vir do pai. Se o numero de nucleotídeos da sua sequência combinar com um dos DNAs do homem, é bastante provável que ele seja do pai. 
     Por segurança, quando a primeira análise dá resultado positivo repete-se o processo com mais nove partes do DNA. "Assim, conseguimos uma margem de certeza de 99,9%, afirma o geneticista Martin Whittlen, da Genomic, laboratório paulista que realiza exames de paternidade. Se a primeira análise der resultado negativo, a paternidade é descartada.

As etapas são as seguintes...
1-Retiram-se as amostras do sangue do suposto pai, da mãe e do filho;
2-Os glóbulos brancos são separados e rompidos por um detergente;
3-O DNA é colocado numa solução aquosa para ser identificado com mais facilidade.
4-Em um trecho de DNA conta-se quantas vezes um bloquinho (nucleotídeo) se repete.
5-Compara-se o DNA do filho com o do suposto pai para detectar uma sequência igual de bloquinhos.

terça-feira, 27 de março de 2018

NOVAS PESQUISAS AVALIAM O IMPACTO DO ESPECTRO AUTISTA NO CÉREBRO

 
   Dificuldade na socialização, no desenvolvimento da fala e comportamentos muito específicos, de acordo com o site Bebê.com, são as manifestações mais clássicas do Transtorno do Espectro Autista (TEA), o principal desafio da ciência agora é entender porque elas ocorrem e como flagrar cedo as alterações no cérebro do autista.
    “Identificar testes de imagem e padrões que ajudem no diagnóstico e em distinguir subtipos do autismo é essencial para que possamos tratar cada caso de maneira mais individual e efetiva”, aponta Mirian Revers, psiquiatra do Programa do Transtorno do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, de São de Paulo.
     Por isso mesmo, não param de sair novos trabalhos sobre o assunto. 
    Foi em bebês de 6 meses ou menos que cientistas da Universidade McGill, no Canadá, identificaram mudanças relacionadas ao autismo nas áreas do cérebro responsáveis pelos estímulos sensoriais, como audição, visão e até a percepção do toque.
    Foram 260 ressonâncias magnéticas avaliadas e, depois, comparadas com os exames de crianças de 2 anos de idade – autistas ou não. E as mudanças cerebrais dos bebês correspondiam às encontradas nos mais velhos que tinham sintomas mais graves do transtorno.
    “Isso é muito interessante, porque aponta que a diferença está nos inputs sensoriais, que vem antes da cognição em si. Ou seja, o comportamento do autista que nós observamos é só uma consequência de uma percepção já alterada. Ele responde ao mundo de maneira diferente”, comenta Mirian.
    Pesquisadores da Faculdade de Medicina NYU, nos Estados Unidos, descobriram alterações em uma estrutura específica do cérebro dos portadores do transtorno. O material afetado foi a substância branca, responsável por enviar informações de um neurônio a outro e, assim, fazer o cérebro trabalhar, responder ao ambiente etc…
    Quanto mais comprometedoras eram as manifestações do autismo, menor era a integridade dessa rede de comunicação. Isso porque a conversa entre os neurônios acontece de maneira diferente em quem tem o TEA. “Eles têm mais conexões a curta distância do que a longa, o que faz com que haja maior especialização, mas também dificuldade em fazer associações”, explica Mirian. Isso se reflete muito nos sintomas: a criança prefere parte do brinquedo ao invés do todo, percebe detalhes, mas não consegue compreender o contexto e por aí vai.
    O achado foi feito com uma técnica de ressonância magnética chamada imagem tensorial de difusão (DTI), e a ideia dos especialistas é a de que o exame, no futuro, ajude a determinar a severidade dos sintomas e, assim, personalizar o tratamento.
    Entre os fatores ambientais ligados ao aparecimento problema está a exposição aos pesticidas usados na agricultura. “Eles favorecem a ativação de genes relacionados ao TEA ainda no desenvolvimento do bebê durante a gestação”.
    Um trabalho norte-americano descobriu que é possível reduzir esse risco significativamente com a ingestão de ácido fólico. A pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, avaliou mais de 500 crianças e encontrou o efeito protetor nas mães que tomaram mais de 800 mg da substância diariamente por algum tempo antes e depois da concepção.
    “O ácido fólico fornece folato, que é essencial para a formação do DNA e a divisão das células que formarão nosso organismo e participa do processo de ativar e desativar genes, por isso é tão importante”, completa Mirian.

segunda-feira, 26 de março de 2018

PRIMEIROS PASSOS PARA A SUPERAÇÃO DO VÍCIO DA PORNOGRAFIA

     O ator Terry Crews, conhece bem o drama e sofrimento causado pelo vício da pornografia. A qual aponta como resultado a busca de ajuda no vídeo ao final da postagem.
     Não raro a pornografia é retratada por meios de comunicação de forma naturalizada, ora vista como algo "normal" na vida de pessoas adultas, ora sugerida como possível ingrediente para quem quer apimentar a relação com o parceiro. Será? Para Marina Lemos Silveira Freitas, doutora em medicina pela USP e especialista em logoterapia aplicada à educação, nenhum nível de consumo é inofensivo. "A busca da pornografia já significa em si a falta de encontro de sentido da própria sexualidade. Vou fazer uma comparação: infelizmente hoje muita gente precisa de remédio para dormir. Isso é natural? Não, mesmo que seja um remédio fraquinho. O natural é que eu não precise de remédio para dormir. O saudável é uma sexualidade sem pornografia", explica a médica. 
     Para Marina, autora do livro "Educação Integrada da Sexualidade Humana: Resgate do Sentido do Amor", o vício em pornografia está relacionado ao consumismo que caracteriza a sociedade de hoje. "Viktor Frankl diz que tanto a correria quanto o consumo exagerado são sinais de vazio. São sinais de que eu estou buscando algo para preencher alguma coisa que me falta, só que de uma forma vã, que não preenche nada. No caso do consumo sexual, é a grande evidência de que há realmente falta de uma vivência plena da sexualidade, de tudo aquilo de bom que a sexualidade traz, seja ela vivida na dimensão da genitalidade ou não", afirma a especialista. 
     Por isso, ela acredita que o único modo de realmente saciar o legítimo anseio de amar e ser amado que impulsiona cada ser humano é a vivência de uma sexualidade como ato de doação ao outro: "Se a pessoa entra na pornografia, há um bloqueio mental e até físico para o amor verdadeiro. No caso da genitalidade, até para o verdadeiro orgasmo. Isso porque a busca passa a ser só o prazer e não a doação do amor. A busca passa a ser só a mim e não para oferecer alegria e prazer ao outro. Acaba-se gerando uma incapacidade para o amor, incapacidade para uma relação sexual plena, incapacidade para o orgasmo". 
    Para o psicólogo Michel dos Santos, a pornografia pode alterar as relações sociais de quem tem o vício. "É de extrema importância que a pessoa reconheça que tem o vício para poder enfrentá-lo. O excesso de liberação de dopamina, causado pelo consumo de pornografia, cada vez exige mais estímulos, e torna a pessoa dependente, pois, gradativamente perde a sensação inicial. A liberação extra do organismo de dopamina, faz com que outros estímulos da vida sejam afetados, e atividades que antes eram prazerosas se tornam tediosas e chatas, e aqui pode se incluir também um declínio nas relações sociais. A pessoa se torna dependente de uma vida sexual imaginária, e modifica a forma de ver os demais, passando a vê-los como meros objetos de satisfações de desejos pessoais, em muitos casos, como do Ator Terry Crews (do filme As Branquelas), afeta diretamente o relacionamento com a esposa ou com o esposo, onde a pessoa é inclinada a buscar a pornografia ao invés de um relacionamento real com sua (seu) parceira(o). Por isso, a ajuda de um psicólogo contribui para que o sujeito volte a ter uma vida saudável e equilibrada".
     Atividades como pedalar, correr, andar na praia, ir ao cinema e interagir mais com os amigos ajudam no processo de superação do vício em pornografia e evita a chamada anorexia emocional, ou seja, a rejeição aos relacionamentos que fica cada vez mais intensa, dependente do nível de dependência ao vício. 
     Essas atividades contribuem para uma vida mais saudável. 


     Agora será descrito o passo a passo para a superação do vício da pornografia:

1-Delete todo o estoque de pornografia e histórico da internet;
2-Destrua todo conteúdo pornográfico físico (DVDs, revistas, etc.);
3-Instale um ou mais bloqueadores de pornografia e coloque rigorosas definições para evitar que seja sabotado;
4-Limite o tempo no computador e faça atividades de substituição, como xadrez, exercícios, sair de casa, estudar um idioma, etc.;
5-Pare de se masturbar;
6-Instale um contador de dias para acompanhar seu desempenho;
7-Se você fizer uso de pornografia novamente, não desista. O mais difícil são as primeiras semanas;
8-Resista à tentação de "testar" a si mesmo com a pornografia. Esse é o caminho mais certo para lhe enviar de volta para ela;
9- Não ouça o seu cérebro! É necessário ignorar todas as racionalizações justificadoras. 

     Esses 9 passos tem origem no site: www.vicioempornografiacomoparar.com
Neste mesmo site se encontram explicações de 5 aplicativos antipornografia, sobre a instalação e uso. 

     Os aplicativos são: k9 Web Protection; Open DSN, Adult Blocker; Block Free, Smart AppLock.
Acrescentamos aqui uma décima dica fundamental, é de igual importância a busca de ajuda por um profissional psicólogo. A psicologia tem contribuído muito para o desenvolvimento de uma vida saudável com a minimização do sofrimento psíquico. Caso seja esse o seu caso, não deixe de procurar um profissional!


domingo, 25 de março de 2018

PESQUISADORES DIZEM QUE A PORNOGRAFIA PROVOCA MALEFÍCIOS QUE VÃO ALÉM DAS RELAÇÕES SEXUAIS


Cada vez mais acessível, a pornografia deixa sua marca na formação emocional e psíquica de gerações, com malefícios que vão muito além das relações sexuais.

    A comparação do vício em pornografia não é unanimidade no meio científico, mas tem crescido nos últimos anos o número de pesquisas que estabelecem essa relação. Entre elas estão dois artigos publicados em 2014, um de autoria de Valeria Voon, junto a um grupo de neurocientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e outro dos pesquisadores alemães Simone Kuhn e Jurgen Gallinat, do Instituto Max Planck. Destaca-se ainda, o trabalho do neurocientista norte-americano Gary Wilson, que estudou os malefícios do consumo de material pornográfico e propôs soluções para a superação do vício no site e no livro "Your Brain on Porn", publicados também em 2014. Como estes, outros estudos indicam que consumo de pornografia pode ter impactos na plasticidade cerebral semelhantes àqueles causados pelas drogas. Um desses impactos é a dessensibilização do circuito de recompensas: quanto mais uma pessoa consome um conteúdo, menos é capaz de satisfazê-la, o que gera uma necessidade cada vez maior. 
    No caso da pornografia, o usuário sente necessidade de acessar cenas sempre mais "picantes" e em quantidades crescentes. Não são incomuns, no site criado por Prado e em fóruns na internet, relatos de pessoas que começam com revistas de mulheres nuas, passam a cenas de sexo explícito e chegam ao consumo de imagens de sexo com animais e pedofilia.
    A vida social e sexual de pessoas viciadas em pornografia também pode ser fortemente alterada. "Perda de interesse pela parceira, compulsão sexual, disfunção erétil, ansiedade social, confusão mental, procrastinação, vergonha, culpa, ejaculação retardada, crises de abstinência, objetivação do sexo oposto, ejaculação precoce e aquisição de gostos sexuais divergentes de sua orientação sexual", estão, segundo Prado, entre as consequências mais relatadas. 
    Para Marco Scanavino, coordenador do Ambulatório de Impulso Sexual Excessivo do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, é necessário ter cautela ao fazermos essas correlações.     
    "São questões para as quais ainda não temos respostas conclusivas. Não há consenso na área científica. O que a gente observa nos pacientes é principalmente uma impulsividade maior, o hábito de correr mais riscos, e também características compulsivas", explica o psiquiatra. 
    Em suas pesquisas, Scanavino concluiu que pessoas com problemas de compulsão sexual (que inclui o vício em pornografia, mas vai além disso) são majoritariamente homens, na faixa dos 40 anos de idade, com boa escolaridade e renda familiar mensal superior à média brasileira. Além disso, ele observou que, enquanto a população nacional é composta por aproximadamente 90% de heterossexuais e 10% de homossexuais, o percentual de heterossexuais que procuram o ambulatório é de 60%, ante 40% de homo ou bissexuais.
    "A pornografia é um dos comportamentos mais referidos pelas pessoas que nos procuram", afirma o cientista. Ele acrescenta que pessoas com histórico familiar de vícios (álcool, drogas, sexo, entre outros) e com experiências de abuso sexual na infância têm uma predisposição maior à compulsão. 
    Todas estas informações de renomados especialistas no assuntos são muito importantes, por isso,  na próxima postagem, serão destacados os mecanismos de superação do vício em pornografia. 

sábado, 24 de março de 2018

PESQUISADORES ITALIANOS DESCOBREM VERDADEIRA ORIGEM DO ALZHEIMER


Doença não surge na área do hipocampo, como se acreditava.
    Quem ainda não assistiu o magnífico filme "Para sempre Alice", precisa assistir, nele é retratada a história de uma grande estudiosa que gradativamente chega ao declínio mental, pelo mal de Alzheimer. O filme levou a interpretação incrível da atriz Julianne Moore a receber o Oscar como premio de melhor atriz. Caso queira assistir o filme se encontra disponível no final do post!
    "Diferentemente do que se acreditava até então, a doença não surge na área do cérebro associada à memória, mas sim da morte de neurônios da região vinculada às mudanças de humor.
Coordenado pelo professor associado de Fisiologia Humana e Neurofisiologia da Universidade Campus Bio-Médico de Roma, Marcello D'Amelio, o estudo, que revoluciona a maneira como entendemos e tratamos a patologia, foi publicada na revista científica Nature Communications .
    Até agora, o Alzheimer era considerado uma doença que surgia devido à degeneração das células do hipocampo, área cerebral da qual dependem os mecanismos da memória. O novo estudo, conduzido em colaboração com a Fundação IRCCS Santa Lucia e do CNR de Roma, no entanto, aponta que a doença surge na área tegmental ventral, onde é produzida a dopamina, neurotransmissor vinculado às mudanças de humor.
    Segundo os pesquisadores, como um efeito dominó, a morte dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina desacelera a chegada desta substância ao hipocampo, causando assim uma falha que gera a perda das lembranças, principal sintoma da doença.
    A hipótese foi confirmada em laboratório, onde várias terapias destinadas a restaurar os níveis de dopamina foram administradas em animais. Nos testes, foi observado que tanto as memórias quanto a motivação de viver, cuja falta causa depressão, foram recuperadas. "A área tegmental ventral relança a dopamina também na área que controla a gratificação. Na qual, com a degeneração dos neurônios dopaminérgicos, também aumenta o risco de perda de iniciativa", explicou D'Amelio.
    Isso explica porque o Alzheimer é acompanhado, grande parte das vezes, pelo desânimo e pela depressão. Contudo, os estudiosos ressaltam que as mudanças de humor associados ao Alzheimer não são uma consequência do surgimento da doença, mas sim um "alarme" sobre o início da patologia. "Perda de memória e depressão são duas faces da mesma moeda", concluiu o italiano". Abaixo você poderá assistir o filme Para sempre Alice!

Fonte: Terra e revista Nature Communications.

MORRE NO QUÊNIA O ÚLTIMO RINOCERONTE BRANCO MACHO; RESTAM SOMENTE DUAS FÊMEAS NO MUNDO

                       SUDAN ERA PROTEGIDO POR SOLDADOS (FOTO: DIVULGAÇÃO)

    Sudan que era o Último rinoceronte-branco do norte macho do planeta, morreu aos 45 anos no Quênia em decorrência de uma infecção em sua pata direita traseira: por conta da idade avançada, a doença progrediu de maneira irreversível e os veterinários optaram pela eutanásia. Com sua morte, restam apenas fêmeas de sua espécie — indicando que, ao menos em tese, esses animais entraram em extinção.
    Em seus últimos anos de vida, Sudan tinha a companhia de três guarda-costas armados com escopetas e rifles semiautomáticos. Durante 24 horas por dia, sete dias por semana. Ele vivia no Ol Pejeta Conservancy, área de proteção no Quênia. Os seguranças tinham como missão afastar os caçadores que saíam em busca do chifre de rinocerontes, vendido em países como o Vietnã por até US$ 100 mil o quilo — mais valioso que ouro, por ter fama de curar doenças como o câncer.
    Quando Sudan passou a viver na reserva ambiental, na década de 1970, existiam ao menos 500 exemplares de rinocerantes-brancos do norte. Hoje, esse número é de apenas dois exemplares. Enquanto campanhas para a preservação dos rinocerontes-brancos que vivem na porção sul do território africano fizeram com que a população desses animais aumentasse para mais de 20 mil exemplares, a espécie de Sudan (considerada um pouco menor do que seus parentes do sul) só minguou nos últimos anos. 
    O rinoceronte é considerado um dos cinco grandes animais da África, ao lado do leão, do elefante, do búfalo e do leopardo. Além das espécies rinoceronte-branco e rinoceronte-negro, existem também os rinocerontes-das-índias, rinocerontes-de-sumatra e rinocerontes-de-java. Eles vivem em média 40 anos, em pradarias ou savanas, e chegam a pesar 1,5 tonelada.
    Uma de suas características mais marcantes é o que os transforma em presa fácil dos caçadores. Para demarcar território, os rinocerontes pisam nas próprias fezes — uma pessoa treinada consegue segui-los facilmente por causa do rastro que deixam.
    Os caçadores, normalmente jovens pobres sem muita perspectiva de vida, atuam à noite, de preferência sem arma de fogo, para não chamar a atenção das autoridades. Usam tranquilizantes para deixar os animais apagados e machados e serrotes para arrancar o chifre, que pode pesar até quatro quilos. Os rinocerontes não morrem na hora, mas há relatos de turistas que cruzaram em parques nacionais com um rinoceronte com o rosto totalmente desfigurado.
    Mas ainda há um fio de esperança: cientistas planejam utilizar as informações genéticas de Sudan para manipular embriões da espécie e realizar uma inseminação artificial nas duas últimas exemplares de rinocerentes-brancos do norte. A técnica nunca foi utilizada e não há certeza de sua eficácia. Melhor seria se a conservação dos rinocerontes tivesse sido feita de outra maneira, há décadas atrás...


sexta-feira, 23 de março de 2018

BEBER CAFÉ E CERVEJA AUMENTA A CHANCE DE PASSAR DOS 90 ANOS, APONTA PESQUISA


Em uma pesquisa concluída recentemente por cientistas da Universidade da Califórnia (EUA), foi apontado que uma taça de vinho, uns goles de cerveja ou um cafezinho no meio da tarde são componentes de uma receita para a longevidade.
    Desde 2003, a pesquisa 90+ tem analisado cerca de 1600 pessoas com mais de 90 anos. Hábitos alimentares, exercícios, histórico médico, uso de remédios e outros fatores são levados em conta para responder a esta pergunta: o que faz esses indivíduos viverem mais?
    Uma das descobertas do relatório, coordenado pela neurologista Claudia Kawas, é sobre bebidas alcoólicas. A ingestão de dois copos de cerveja ou vinho aumenta em 18% a chance de se viver mais, em comparação aos participantes abstinentes. Café, quando consumido moderadamente, também eleva, em cerca de 10%, a probabilidade de se passar dos 90 anos. Além disso, quem investe duas horas por dia em um hobby tem as chances de morrer precocemente reduzidas em 21%.
    “Não sei explicar, mas acredito de verdade que beber de forma modesta aumenta o tempo de vida”, afirmou Claudia. Outra chave para ter longevidade com qualidade é a prática de exercícios físicos. Entre os analisados, quem se exercita de 15 a 45 minutos por dia aumenta em 11% a probabilidade de ter uma vida longa.
    O estudo também apurou que idosos com sobrepeso, mas não obesos, apresentam índices de morte precoce 3% menores, quando comparados a indivíduos com peso considerado “normal” ou abaixo do recomendado. “Não é prejudicial ser magro durante a juventude, mas é preocupante se você é mais velho”, completou Claudia.

MACONHA E SEUS EFEITOS NOCIVOS AO ORGANISMO

    De acordo com a EBS (Editora Biologia e Saúde), a intoxicação pelo THC e CANNABIS perturba as funções de percepção psicomotora e também as funções intelectuais. 
   Além disso, é observado que motoristas que fizeram uso de um simples cigarro de maconha apresentam, até 4 a 6 horas após o uso, redução dos reflexos e da habilidade, o que os leva a não perceberem uma curva, a distância entre os carros ou a velocidade do seu próprio veículo. Estes efeitos conduzem a ocorrência de muitos desastres automobilísticos, pois os motoristas pensam estar trafegando moderadamente, quando, na verdade, estão quase "voando".
    Quando os jovens usam a maconha regularmente, é frequente a perda de interesse pela escola, ocorre redução do rendimento escolar, há interferência no aprendizado da leitura, do pensamento, da compreensão e habilidade. Nestes indivíduos, usuários frequentes, ocorre diminuição do senso de responsabilidade, determinando com isso problemas no trabalho e no âmbito pessoal.
    Estudos realizados no campo de Odontologia mostram as consequências do uso da maconha. Segundo o trabalho do professor Waldir Nesi (Revista Brasileira de Odontologia n°162,1970), a fumaça aspirada pela boca e impregnada de agentes químicos ou térmicos encontra a mucosa bucal desguarnecida, determinando irritação das células epiteliais superficiais ao primeiro contato. 
    O organismo então, promove a defesa do local agredido, e com o estímulo continuado surge "inflamação defensiva" na zona de perigo, para impedir a lesão. O epitélio, no entanto, acaba adoecendo, em face do habito continuado de consumir cigarros, permitindo a ação persistente aos mesmos fatores. Isso contribui para a mudança de estado epitélio. Ou seja, a irritação inicial evolui para a inflamação crônica de caráter pré-cancerígeno. 
    Os cientistas comprovaram, após experiências realizadas, que a maconha pode ser prejudicial aos pulmões de uma forma mais grave que o fumo, pois a fumaça da maconha inalada provoca transformações nos tecidos do pulmão, determinando o surgimento de lesões pré-cancerosas. A fumaça da maconha prejudica a atividade bactericida dos macrófagos pulmonares, confirmando, assim, os efeitos danosos sobre o aparelho respiratório. 
    A maconha contém, em seus componentes, substâncias que também são peculiares ao cigarro comum e desta forma, pode também determinar o enfisema e a bronquite crônica. Como muitos usuários também fumam cigarro comum, há um risco muito maior para a saúde por haverem dois fatores lesivos concomitantes.Estudos experimentais realizados em algumas espécies animais diferentes, indicaram que os efeitos negativos sobre o desenvolvimento fetal podem ser causados pela ação do THC na fase de pré-concepção determinando dano ao embrião ou por ação do THC no período posterior ao nascimento, através do leite materno, causando danos ao processo de crescimento. 
 A função reprodutiva é grandemente afetada pelo uso da maconha  sendo comprovado, em estudos realizados anteriormente, que a ação da maconha determina em cobaias (em cativeiro) uma ação direta sobre o eixo hipotalâmico e também sobre as gônadas ocorrendo portanto, alterações nas funções gonadais e reprodutivas. Constatou-se que em cobaias machos ocorre, pelo uso da maconha, redução das dimensões testiculares e da espermatogênese, com redução da concentração de hormônio masculino (testosterona) na circulação. 
    Na cobaia feminina houve alteração nos hormônios femininos, com uma inibição aguda de hormônio folículo estimulante (FSH), de hormônio luteinizante (LH) e também de prolactina, perturbando, assim, o ciclo ovariano e a ovulação. 
     Esses efeitos nocivos observados em cobaias também são evidenciados em homens pois, ao ato de fumar maconha, é associado o decréscimo da formação de espermatozoides e de aparecimento de células anormais no esperma. Nas mulheres é evidenciado que a maconha determina distúrbios no ciclo menstrual. Outros estudos de homens e mulheres usuários, mostram que a maconha pode determinar perda temporária de fertilidade.

MACONHA E SEUS EFEITOS IMEDIATOS AO ORGANISMO


   De acordo com a EBS (Editora Biologia e Saúde), a maconha, ou marijuana, conhecida no Estremo Oriente como haxixe, é extraída de uma planta originária da Ásia Central, denominada cânhamo indiano ou "Cannabis Sativa", sendo seu uso difundido em todo o mundo, embora com proibição de acordo com as legislações de países como o Brasil. 
  A maconha foi inicialmente introduzida no Brasil pelos escravos, sendo hoje cultivada, principalmente, no Nordeste.
    Apesar de determinada campanha procurar inocentar a maconha, afirmando que a droga oferece os mesmos perigos de um cigarro comum, pesquisas recentes provaram que a ação da "Cannabis Sativa" sobre o sistema nervoso central é bastante danosa, variando apenas na intensidade de pessoa para pessoa. 
     O princípio ativo da maconha é o THC (Tetrahidro-canabinol) e como o cigarro da maconha é feito de folhas secas da planta, é a quantidade de THC que determina seu menor ou maior efeito. O THC é uma molécula solúvel em gordura que, uma vez na corrente sanguínea, é rapidamente distribuída aos tecidos gordurosos, onde é armazenada. 
    Sabe-se que embora a euforia e o relaxamento sejam mais frequentemente relatados como efeitos imediatos da maconha e constituam um argumento a favor do uso da droga, ocorre também disforia.         Outros efeitos físicos incluem: batidas do coração mais rápidas, pulso acelerado, olhos vermelhos, boca e garganta secas. 
   O sistema nervoso central é, a princípio, estimulado e, mais tarde, torna-se deprimido. Essa estimulação conduz o indivíduo à acesso de riso, delírio, visões, alucinações e confusão mental. Os sistemas respiratório e circulatório tornam-se mais apressados. O estágio depressivo do sistema nervoso central se apresenta com torpor, tonturas, enfraquecimento e reações negativas muito comuns são a ansiedade e o intenso pânico. Usuários descrevem essa reação como um temor extremo de "perda de controle", que ocasiona o pânico.
     Estudos recentes concluíram que, além de ser amotivacional, a droga reduz o sistema imunológico do organismo e diminui substancialmente o número de esparmatozóides. 

quinta-feira, 15 de março de 2018

QUAL A ORIGEM DA PALAVRA "BACHAREL"?


            Na antiguidade, o vencedor de uma competição desportiva recebia uma coroa de louro- Laurus nobilis-, planta que, por seu contínuo verdor, era assimilada à glória que não murcha. Posteriormente, ela tornou-se o prêmio de generais vitoriosos. 
               À Glória Militar se associou a intelectual, de maneira que os vencedores de concursos de poesia também recebiam a ansiada coroa vegetal como sinal de vitória.
                                Daí a expressão "poeta laureado".
           Com a queda do Império Romano, os ramos do loureiro perderam seu caráter de prêmio militar, mas foi conservado esse significado no campo acadêmico. 
                 A universidade, instituição de origem eclesiástica, a adotou de maneira que o graduando recebia uma coroa de louro- Laurus- com folhas e bagas- Baccae-, passando a ser denominado bacca laureatus- bacharel. 
         Essa coroa de ramos novos, ainda com frutos, representava a glória de haver completado um primeiro grau de formação que o tornava apto para mais altos estudos. O professor que a impunha, entretanto, portava uma coroa de louro sem bagas, símbolo de glória escolástica já desenvolvida- Laureatus.

          A distinção entre bacharel, mestre (licenciado) e doutor se encontra na Bula Parens scientiarium, do Papa Gregório IX (1231).

DESCUBRA QUEM É O AUTOR DA TEORIA DO "BIG BANG"!


        No início da Primeira Guerra Mundial, um jovem belga especialmente dotado para as ciências, interrompeu seus estudos na Universidade de Lovaina para alistar-se no exército de seu país. Seu nome era Georges Lemaître. Condecorado com a Croix de Guerre, não quis, porém, seguir a carreira das armas. Abraçou o estado clerical, retomando também seus estudos de matemáticas e ciências físicas.
        Alguns anos depois de ter sido ordenado sacerdote, em 1923, o Pe. Lemaître dava a conhecer sua teoria do universo. 

        Baseando-se em cálculos de Albert Einstein, chegara à conclusão de que o universo nascera da expansão ordenadíssima de um átomo primordial. Esta tese foi corroborada em 1929, pelo astrônomo norte-americano Edwin Hubble, a partir de observações feitas no telescópio do Monte Wilson.
        Os cálculos de ambos os cientistas despertaram controvérsia, pois deitavam por terra a teoria do universo estacionário, até então predominante. 

             A teoria de um universo em expansão reportava forçosamente á ideia de um início e de um Iniciador. 
        Foi nesse contexto que, durante um programa de rádio da BBC, o cientista britânico Fred Hoyle apelidou ironicamente a teoria de Lemaître de Big Bang- grande explosão-, dando assim origem ao nome com o qual a conhecemos. 
        O padre Georges Lemaître ocupou diversos cargos na Academia Pontifícia das Ciências e foi assessor pessoal de Pio XII. Destacou-se também por manter firme postura de cientista cristão. Faleceu em Lovaina, a 20 de junho de 1966.

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