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sábado, 24 de março de 2018

PESQUISADORES ITALIANOS DESCOBREM VERDADEIRA ORIGEM DO ALZHEIMER


Doença não surge na área do hipocampo, como se acreditava.
    Quem ainda não assistiu o magnífico filme "Para sempre Alice", precisa assistir, nele é retratada a história de uma grande estudiosa que gradativamente chega ao declínio mental, pelo mal de Alzheimer. O filme levou a interpretação incrível da atriz Julianne Moore a receber o Oscar como premio de melhor atriz. Caso queira assistir o filme se encontra disponível no final do post!
    "Diferentemente do que se acreditava até então, a doença não surge na área do cérebro associada à memória, mas sim da morte de neurônios da região vinculada às mudanças de humor.
Coordenado pelo professor associado de Fisiologia Humana e Neurofisiologia da Universidade Campus Bio-Médico de Roma, Marcello D'Amelio, o estudo, que revoluciona a maneira como entendemos e tratamos a patologia, foi publicada na revista científica Nature Communications .
    Até agora, o Alzheimer era considerado uma doença que surgia devido à degeneração das células do hipocampo, área cerebral da qual dependem os mecanismos da memória. O novo estudo, conduzido em colaboração com a Fundação IRCCS Santa Lucia e do CNR de Roma, no entanto, aponta que a doença surge na área tegmental ventral, onde é produzida a dopamina, neurotransmissor vinculado às mudanças de humor.
    Segundo os pesquisadores, como um efeito dominó, a morte dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina desacelera a chegada desta substância ao hipocampo, causando assim uma falha que gera a perda das lembranças, principal sintoma da doença.
    A hipótese foi confirmada em laboratório, onde várias terapias destinadas a restaurar os níveis de dopamina foram administradas em animais. Nos testes, foi observado que tanto as memórias quanto a motivação de viver, cuja falta causa depressão, foram recuperadas. "A área tegmental ventral relança a dopamina também na área que controla a gratificação. Na qual, com a degeneração dos neurônios dopaminérgicos, também aumenta o risco de perda de iniciativa", explicou D'Amelio.
    Isso explica porque o Alzheimer é acompanhado, grande parte das vezes, pelo desânimo e pela depressão. Contudo, os estudiosos ressaltam que as mudanças de humor associados ao Alzheimer não são uma consequência do surgimento da doença, mas sim um "alarme" sobre o início da patologia. "Perda de memória e depressão são duas faces da mesma moeda", concluiu o italiano". Abaixo você poderá assistir o filme Para sempre Alice!

Fonte: Terra e revista Nature Communications.

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