Em uma sala de aula é possível encontrar todos os tipos de alunos. Os preguiçosos, por exemplo, em geral, são tão inteligentes quanto os demais, porém, parecem medíocres. Um estudo realizado pelos psicólogos William Hart, da Universidade de Albarracin, da Universidade de Illinois, sugere que basta classificar uma tarefa como "divertida" para que os menos esforçados superem os que geralmente se destacam. Os resultados indicam que a maneira de um educador descrever uma atividade pode influenciar muito no bom rendimento dos alunos.
Para chegar a essa conclusão os pesquisadores classificaram os estudantes com habilidades semelhantes, distribuindo-os em categorias como dedicados ao sucesso ou interessados em diversão. Depois, fizeram com que olhassem na tela do computador onde foram apresentadas palavras e expressões relacionadas ao bom aproveitamento como "vença" e "seja o máximo". Nos testes seguintes de aptidão, como caça-palavras, as crianças interessadas no sucesso se saíram melhor que as outras. O estudo confirmou o que já se sabia, porém, um segundo teste confundiu os pesquisadores.
Novamente foram apresentadas palavras motivacionais para os jovens voluntários antes que iniciassem o jogo de caça-palavras. Mas, dessa vez, ao invés de descrever a tarefa como um teste sério como havia sido feito com o anterior, os pesquisadores disseram que se tratava de uma "atividade divertida". Os resultados após essa simples mudança foram profundos: a maioria dos supostos preguiçosos não apenas se saiu melhor, mas superou os mais aplicados. Os autores do estudo enfatizaram que para alguns alunos, quando uma tarefa é apresentada como "divertida", é fundamental para a melhora da motivação e, consequentemente, para o seu desempenho. Por isso, educadores e pais, devem ser cuidadosos ao rotular atividades.
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