É comum atualmente se encontrar
em diversos graus um desejo mascarado, ou manifesto pela morte em sujeitos
neuróticos, perversos ou psicóticos. Como também, em pacientes afetados pelo
câncer, pelo Lúpus Eritematoso ou outras enfermidades incuráveis ou
degenerativas.
Freud (1920) em seu trabalho
“Além do princípio do prazer”, afirma que os pensamentos bons, com predomínio
erótico são expressões da pulsão de vida, enquanto os pensamentos agressivos e
destrutivos seriam polarizações da pulsão de morte.
Na tanatofilia, a violência auto
agressiva aparece em condutas como o suicídio, em sua modalidade aguda, isto é,
a auto eliminação instantânea da vida, ou crônica, por meio de mutilação ou
acidentes que tem como resultado, a perda da vida, ou de uma parte do corpo ou
ainda mutilação dele.
No suicídio esta conduta auto
eliminatória (de fuga) exerce uma atração irresistível com idealização extrema
e assim incondicional.
Para M. Klein, uma tentativa inconsciente
de suicídio pode significar para o Ego “destruir os pais maus internos”.
Na tanatofilia se exterioriza em
suas modalidades extremas- suicídio, homicídio. Todo crime emana de uma
personalidade narcísica, ou seja, voltada para si própria, dominada por
intensos mecanismos projetivos.
Segundo M. Klein o alvo
primordial na Tanatofilia humana é a organização genital. A tanatofilia-
atração compulsiva pela morte- Encontra sua inscrição na ordem dos simbolismos
e do pensamento degenerativo. A energia das tendências autodestrutivas se
produz tanto nas enfermidades orgânicas como nas psíquicas.
O Ego se vê obrigado a dirigir o
impulso agressivo contra a própria organização genital.
Entende-se organização genital a
capacidade de procriar e de amar, a capacidade de proporcionar ao sujeito, seu
mais intenso prazer vital, o orgasmo, por meio da união genital com o objeto,
constitui a auto- identidade sexual.
Encontra-se também a cultura do
culto a morte em religiões e tribos urbanas, como é o caso da cultura gótica,
nela o desejo pela morte se encontra em um nível saudável onde a energia gerada
neste desejo é canalizada para situações construtivas como a arquitetura, os
poemas e estilo, quando não agride o corpo, que através de sua característica
introspectiva não causa diretamente desejo agudo ou crônico, embora o desejo
permaneça.
Um sujeito com tendência aguda ou
crônica a tanatofilia, demonstra vários sinais que marcarão o “clímax” da
doença, como a auto aniquilação, esses sinais devem ser entendidos como pedido
inconsciente de ajuda, e quando ninguém ouve pedido o sujeito pode se auto
aniquilar, como pode-se observar nos relatos do livro Testemunhas de um adeus,
composto por recados de pessoas que sofriam de Tanatofilia aguda e crônica
chegando ao suicídio póstumo.
eu sou tanatofílica, e passei por vários psiquiatras em todo país em 10 anos e somente agora, um único psiquiatra me diagnosticou. Até então, nunca soube disso e nem os psiquiatras
ResponderExcluirNossa que legal que poderá ser tratada do modo correto, saiba que a psicoterapia é uma ferramenta muito importante também, pois além de contribuir com nosso auto-conhecimento ainda nos ajuda a enfrentar patologias complexas como esta, saiba que vc já esta em mais de 80% do caminho andado, agora falta pouco, vc vai conseguir :)
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