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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

OSTENTAÇÃO E NEGLIGÊNCIA DO PRÓPRIO VALOR

 

Em nossa sociedade, se vive diariamente a busca pela aprovação dos outros, isso conduz a ostentação. É comum se encontrar pessoas que demonstram superioridade mas na verdade, é apenas aparência.
Pessoas compram roupas caras, frequentam lugares de auto nível e, até mesmo, tiram dinheiro, de onde não tem, para demonstrar uma imagem "bem sucedida". Muitos jovens, adultos e crianças exibem seus bens, ou características intelectuais ou culturais, como algo positivo e comum, na tentativa de se mostrar melhor do que os demais.
Há quem exiba casas, cargos, carros, cultura e até mesmo inteligência. Muitos jovens marcam encontros para exibir seus carros, com caixas de alta potência, para sugar o mínimo de atenção ou elogios dos outros.
Quando se vai a academia para buscar uma melhor qualidade de vida, muito bem. O problema é procurar frequentar academia para construir um "amuleto" apenas para se ter a aprovação dos outros, ou se mostrar melhor que os demais.
Especialistas, como o próprio redator do blog Tudo na Vida é Treino, acreditam que quem ostenta muito o que tem não reconhece o seu próprio valor.
Ter boas roupas, uma casa, viajar, se alimentar bem e ter cultura, são atitudes que fazem um bem enorme a qualquer ser humano. Mas, infelizmente, para muitos, a importância desses fatores se baseia na possibilidade de ostentá-los. Há quem acredite que receber atenção, aplausos, e a consideração das pessoas a sua volta, é crucial para se sentir importante. 
É natural que grande parte das pessoas, independentemente da sua classe social, deseje melhorar a sua qualidade de vida e aproximar o seu padrão ao daqueles que pertencem às classes mais ricas. O problema surge quando esse desejo passa por meio da ostentação.
Mas, até que ponto vale a pena enriquecer-se materialmente e empobrecer-se enquanto ser humano?
"Por trás da ostentação, muitas vezes, é possível encontrar personalidades inseguras por conta de uma autoestima e autoimagem rebaixadas. Aquilo que deveria ser preenchido por um conteúdo emocional positivo, construído após experiências afetivas, torna-se vazio, e faz com que a pessoa ostente bens materiais para sanar essa angústia" (Cláudia Sarfi-Psicóloga), a pessoa sente que o seu valor é o mesmo que seu objeto de ostentação. Quem busca ostentar o que tem, demonstra uma privação de reconhecimento, uma privação de reconhecimento social, e acredita, mesmo que "inconscientemente" que através da ostentação será saciado. A abordagem Comportamental Cognitiva, destaca como uma crença irracional, a "necessidade de ser amado e respeitado". Em qualquer diálogo com ostentadores é possível identificar os pensamentos automáticos dessa crença.
A temática da ostentação aparece frequentemente no seriado "Chaves" onde o personagem Kiko diversas vezes ostenta seus bens ao Chaves: "Olha chaves eu tenho ... e não te dou". Ou mesmo com a dona Florinda, uma senhora viúva que vive da pensão da morte de seu marido e diz "Não se misture com essa gentalha", demonstrando ser "superior aos moradores da vila, fator que foi obrigada por não poder manter a vida que tinha com o marido falecido.
No filme Titanic isso também aparece, a mãe da protagonista Rose, após ter declínio financeiro se vê obrigada a manter a aparência de "rica" e planeja o casamento da filha com um sujeito que garantiria seu futuro e sua estabilidade perdida. 
Infelizmente, é cada vez mais comum ver crianças ostentando. Elas aprendem com os exemplos que estão a sua volta, que precisam evidenciar qualidades ou bens, para serem reconhecidas e aceitas em determinados grupos. 
O papel dos pais é incentivar o desenvolvimento da racionalidade, da imaginação e da sensibilidade, enquanto características que tendem a levar a uma vida saudável e a um futuro próspero.
A ostentação é até mesmo incentivada em estilos musicais como o "funk ostentação". Porém não existe nenhuma reflexão acerca da aquisição de bens. Nos clipes aparecem funkeiros com joias, carros, entre outras coisas demonstrando que a ostentação é um caminho "favorável". Contudo pouco aparece a realidade que não é essa. Possuir bens apenas por possuir não conduz a realização pessoal, apenas material, o ser humano precisa de muito mais do que bens materiais, precisa de afeto, abraço, amizades verdadeiras, e isso não se encontra na ostentação.

Não seja ostentador, conheça os tipos mais comuns de ostentadores:

"EU TENHO, VOCÊ NÃO TEM"
Costumam exibir bens materiais como celulares, veículos e imóveis.

"EU FUI, VOCÊ FICOU"
Costumam exibir viagens, nacionais e/ou internacionais que fizeram.

"SOU MELHOR QUE VOCÊ"
Costumam ostentar cultura e tentam evidenciar o quanto são inteligentes e capazes pelos seus feitos.

Para encerrar destacamos as palavras do Papa Francisco! 


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