Segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde (MS) em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o número de usuários de maconha no Brasil é menor que nos Estados Unidos e em outros países da América Latina. Apenas 2,1% da população consumiu a droga entre 2005 e 2006. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 40% dos jovens americanos de até 21 anos dizem tê-la fumado, entre jovens colombianos, a taxa é de 10,2%.
Participaram do estudo brasileiro 3007 pessoas com mais de 14 anos de 107 municípios de todos os estados. A maior prevalência do hábito se deu entre homens, com idade entre 18 e 30 anos e alto grau de instrução. Desempregados e moradores das regiões Sul e Sudeste também se destacaram.
A análise mostrou que alguém que agregue todos esses fatores tem, no minimo, 800 vezes mais chance de usar a droga do que, por exemplo, uma mulher com mais de 50 anos, baixa escolaridade e moradora da região Norte.
A maioria dos usuários se concentrou nas grandes cidades.
Segundo os autores, dois motivos podem explicar, pelo menos em parte, o baixo uso da maconha no Brasil: o menor poder aquisitivo e o grande número de evangélicos (30% da população).
Talvez os grandes centros tenham mais usuários porque o acesso a drogas é mais fácil e culturalmente mais tolerado. O estudo foi publicado na revista Addictive Behaviours e na revista Mente e Cérebro.
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