Qual
é o perfil de quem abusa de menores?
Por
que o erotismo infantil atrai tanta gente?
Segundo
o DSM IV, manual de diagnóstico e estatístico de transtornos mentais em sua IV
edição, a Pedofilia é classificada como 302.2, já na CID-10, Classificação
Internacional de Doenças, em sua décima edição, a classificação se encontra como
F65.4.
A
cada dia a palavra pedofilia aparece nos ouvidos escandalizados da sociedade. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) define a pedofilia como a ocorrência de
práticas sexuais entre um sujeito maior de 16 anos com uma criança na
pré-puberdade (13 anos ou menos).
A OMS
não classifica a pedofilia como uma doença, os médicos e os psicólogos divergem
na forma de classificação e nas estratégias para combater o problema.
Segundo
a psicanálise, a pedofilia é definida como uma perversão sexual. Não se trata,
propriamente, de uma doença, mas de uma parafilia: um distúrbio psíquico que se
caracteriza pela obsessão por práticas sexuais não aceitas pela sociedade,
como o sadomasoquismo e o exibicionismo.
A
criança nunca é parceira na relação de um pedófilo, mas seu objeto, pois é um
ser indefeso, dominado sadicamente, como afirma o psicanalista carioca Joel
Birman, que atende em seu consultório as vítimas da pedofilia. O psiquiatra
francês, especialista em pedofilos, Patrick
Dunaigre, defende a existência de dois tipos de pedofilia: A de situação e a
preferencial. A primeira talvez seja o tipo mais difícil de detectar. Alguns
adultos, principalmente homens, atacam crianças sem, no entanto, se sentirem
excitados com ela. O perigo reside na pedofilia preferencial. Ocorre quando o agressor
deliberadamente escolhe crianças na pré-puberdade, antes dos 13 anos, como
obscuros objetos para satisfação sexual.
De
acordo com o psicólogo David L. Burton, especialista em agressão infantil da
Universidade de Michigan e membro do conselho diretivo da Association for the
treatment of sexual abuses (associação para o tratamento de abusos sexuais),
nos Estados Unidos, cerca de 80% dos casos de abuso sexual de crianças ocorrem
na intimidade do lar: pais, tios e padrastos são os principais agressores.
Uma
estatística levantada pelo Laboratório de Estudos da Criança (LACRI) da
Universidade de São Paulo (USP) mostra a amplitude do problema. O relatório
registrou, durante 2001, 1723 casos de violência sexual contra menores no
âmbito doméstico. Intitulado “A ponta do Iceberg”, o documento apenas
inventaria aqueles episódios que chegaram as instâncias oficiais, como varas de
família.
O
pedófilo não consegue controlar o comportamento sexual por crianças, de modo
que esta atração pode passar a dominar a vida do sujeito sendo
assim, o pedofilo não sconsegue manter contato sexual com pessoas da sua faixa etária devido a insegurança por não poder dominar e não tendo o outro como seu objeto de desejo.
Nas próximas duas postagens falaremos de forma mais específica do perfil do pedofilo, o impacto na sociedade e as vítimas de pedofilia.
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