Como a
ciência explica o desejo sexual por crianças?
Qual é
o perfil de quem abusa de menores?
Por
que o erotismo infantil atrai tanta gente?
Como
visto na parte I, a pedofilia ocorre em grande proporção no lar, o que dizer
quando o pedófilo ganha as ruas?
Países
como: Brasil, República Checa, Sri Lanka e Filipinas faturam milhões com o
turismo sexual todos os anos.
Em
Praga, capital da República Checa, uma vasta rede de bordeis masculinos e
motéis serve de ponto de encontro para pedófilos do continente. Um dos bordéis
mais famosos é o Pinóquio. (A ironia cruel desse nome ligado ao universo
infantil só poderia ser obra da cidade natal do escritor Franz Kafka). Ali,
durante 24 horas por dia, meninos matam o tempo entre um encontro e outro,
perdendo dinheiro nas máquinas de fliperama. Pagos para serem sodomizados, os
pequenos prostitutos faturam em dois encontros o equivalente ao salário mensal
de um trabalhador de 8 horas diárias, como apurou Fabiano Golgo, jornalista
brasileiro radicado em Praga.
Em
países asiáticos, meninas de 8 anos tem sua virgindade leiloada em muquifos
frequentados por pedófilos das mais variadas procedências, a maioria casados e
com filhos.
No
Brasil, desde 2000 a secretaria Nacional de Assitencia social, ligada ao
ministério da Previdência, mantém o projeto Sentinela, inicialmente implantado
no Norte e Nordeste, onde a existência da prostituição infantil, muitas vezes
é pouco considerada pelas autoridades locais, que fazem vista grossa para o
problema e preferem contar os cifrões do incremento do turismo sexual na
receita da região.
Mas
afinal quem é o Pedofilo?
Um
pedófilo é uma pessoa de 16 anos, ou mais, que se sente atraída sexualmente por
crianças e pré-adolescentes. Apresenta, muitas vezes, uma sexualidade pouco
desenvolvida e teme a resistência de um parceiro em iguais condições.
Sexualmente inibido o pedófilo escolhe como parceiro uma pessoa vulnerável. “Usar
uma criança é ter uma ilusão de potência” diz o psicanalista Joel Birman. Em
cerca de 25% dos casos, o pedófilo de hoje é a criança molestada de ontem. Em
uma leitura analítico-comportamental, podemos observar que a pedofilia não se
resume apenas no desejo de forma central, esse desejo é externalizado, assim a
pedofilia é um ato de se comportar, é um ato de ir em busca e de se saciar de
um desejo que, muitas vezes, o sujeito não controla. Essa privação básica
sexual é direcionada a vítima. Muitas vezes é gerado no pedófilo um sentimento
de arrependimento pelo que faz, a pedofilia tem tratamento, e esse tratamento
visa o controle de seus comportamentos e redirecionamento de sua privação
sexual.
Na
próxima postagem e última postagem da série, será traçado o impacto da
pedofilia e erotismo infantil na sociedade.