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terça-feira, 30 de setembro de 2014

PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA E O FILME "A CORRENTE DO BEM"




Sabe-se que o indivíduo é biopsicossocial, sendo assim um indivíduo saudável deve ter todos os campos de sua vida bem ajustados. É importante que se destaque a visão científica atual do indivíduo, que é holística, para um melhor entendimento da influência da aprendizagem, fatores que independentemente da linha teórica são integrados.
        No filme “A corrente do bem”, o professor levanta uma série de questionamentos a seus alunos, se destaca o fato de não respondê-las. Ele elabora as respostas a partir do conhecimento de seus alunos, assim, considerando o que já faz parte da estrutura cognitiva prévia.
        As perguntas levantadas logo no princípio da aula tem o objetivo de desconstruir e causar uma “desequilibração”, como diz Piaget em sua teoria para gerar novas “assimilações”.
        Esse episódio contempla também a Teoria de Ausubel onde é relatado que “o fator mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe; descubra isso e ensine-o de acordo”. O professor faz exatamente isso ao questionar os alunos e pedir sua participação. Quando propõe a atividade para o ano letivo, não invalida o ponto de vista dos alunos. Uma aluna fala: “isso é tão...” ele não dá uma resposta pronta, mas com o auxílio e conhecimento dos demais propõe um novo conhecimento.
        Vygotsky se preocupa com o desenvolvimento da linguagem e suas relações com o pensamento, o professor desenvolveu isso com a inserção de novas palavras ao vocabulário.
        Na teoria de Ausubel a metodologia da aula não é expositiva com respostas prontas e sim por “descobertas” onde o estudante é convidado a buscar as respostas, seja na experimentação da proposta de atividade para o ano, ou ainda, com a busca pelo significado das palavras, fator que se generalizou para a mãe de um dos estudantes buscando em dicionário o significado da palavra “eufemismo”.
        Quando a proposta para o ano, elaborada pelo professor é “assimilada” pelos alunos é gerada a “acomodação”, ou seja, a mudança na estrutura cognitiva e “equilibração” do conhecimento adquirido.
        Ainda segundo a Teoria de Piaget, um fator importante é a formação de sujeitos “criativos, inventivos e descobrintes”, isso é contemplado na proposta de atividade levantada pelo professor, pois instigou os alunos a “criarem” uma maneira de executar a atividade utilizando seus prévios conhecimentos e assimilações de eventos anteriores.         
        Conforme a teoria de Vigotsky, os alunos tiveram que planejar a partir das suas relações que estabelecem com o meio, nas palavras do professor “no mundo lá fora”. Na aula de estudos sociais o professor serviu como intermediador entre os alunos e o meio. Depois que a atividade proposta pelo professor foi internalizada pelos alunos, o aluno Trevor desenvolve um signo, ou seja, elabora em diagrama, seu propósito, para que possa mediar e para poder explicar aos outros de seu meio.
        O professor questiona sobre o que o mundo significa o que ainda se enquadra na Teoria de Vigotsky com a elaboração dos significados dos signos e sua importância na interação com o meio.
        Assim com a “zona de desenvolvimento proximal”, fator importante em sua teoria, destaca se o ponto que a criança precisa da ajuda de terceiros para que o conhecimento seja apropriado, “assimilado”, “equilibrado” pela criança. Isso ocorre com Trevor, quando precisa da experimentação de sua ideia em algumas pessoas, ele queria testar sua proposta e verificar se funcionava.

        Por fim é importante destacar que os conhecimentos dos teóricos Vigotsky, Ausubel e Piaget, e outros teóricos como Skinner e Wallon, contribuem para o desenvolvimento do trabalho do educador e outros profissionais da saúde e educação. É importante que a linha de pensamento dos teóricos acima esteja em conformidade com os objetivos acadêmicos do educador, tendo em vista um melhor desenvolvimento da aprendizagem em seus alunos.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

CONVERSANDO SOBRE HENRY WALLON

        Henry Wallon fundamentou suas ideias em 4 elementos que se comunicam o tempo todo:
Afetividade, motivação, inteligência e formação do EU como pessoa.
        Ele define alguns períodos cujo desenvolvimento tem em vista os fatores emocionais, fator que o diferencia dos demais teóricos.

Período de Vida Intra-Uterina:

  Total dependência fisiológica marcada por reações motoras.
        
Estágio Impulsivo Emocional: Em geral de 0 a 1 ano.

0 a 3 meses: Impulsividade predomínio das reações puramente fisiológicas (espasmos, contrações, gritos).

3 a 9 meses Período Emocional: aparição de mímica (sorriso) as emoções são o principal instrumento de interação com o meio, neste período o contato como a mamãe-bebê é fundamental, as emoções prevalecem.

9 a 12 meses: os movimentos infantis são um tanto quanto desorientados, começa a sistematização dos exercícios sensório-motores. Exploração do espaço circundante ampliado pela locomoção.

        O Período sensório-motor: segundo Wallon acontece por volta dos dois anos, a criança começa a engatinhar, acontecem os primeiros passos e também as primeiras palavras assim como a imitação.

        O Período do personalismo: dos 3 a 5 anos é um período de confrontos e formação da autonomia, a birra é comum nesta fase.

        Depois destes estágios Wallon descreve:

Período da puberdade e da adolescência: 
( Filme "Aos 13, narra sobre o período da adolescência e destaca algumas situações que podem ocorrer no período)

Onde cita como sendo uma crise comparada a dos 3 anos, é comum a atenção sobre sua própria pessoa, acontece a crise de identidade, é comum ocorrer decisões precipitadas e escolhas erradas é uma fase de profundas descobertas. 

Período da Fase Adulta: 


A pessoa atinge um certo equilíbrio entre o desenvolvimento emocional e o intelectual. Nós estamos em constante transformação. E o adulto continua se desenvolvendo, pois o conhecimento não é estático.

Utiliza-se como exemplo o Filme “O Jardim Secreto”.

        Ele  retrata a história de Collin, um menino que até os 10 anos viveu em seu quarto. Collin foi privado do contato com o mundo exterior por apresentar uma suposta doença. Não teve interação com outras crianças. Collin pulou alguns estágios de desenvolvimento descritas por Walon.
  • Período Impulsivo emocional pois foi privado do contato com o mundo.
  • Período Sensório-Motor, pois não andou no tempo determinado.
  • Período do Personalismo, a falta de contato com outras crianças prejudicou a formação da autonomia de Collin. Sua vida mudou com a chegada de sua prima. 

        Foi preciso a presença de uma criança para mostrar suas possibilidades. Collin decide enfrentar o mundo. Passa a interagir com a natureza, situações que até então eram desconhecidas. 
Conseguiu superar seus maiores obstáculos e passou a ter uma nova vida.


“Há duas formas para viver a sua vida: Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre”. Albert Einstein

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